Aipex identificou 27 países para captar investimentos

Aipex identificou 27 países para captar investimentos

A Agência de Investimento Privado e Promoção das Exportações de Angola (Aipex) identificou 27 países como prioritários para a execução de uma estratégia de captação de investimentos, entre os quais a Turquia.

A informação foi avançada pelo administrador da Aipex Lello Francisco, na sexta-feira, em Luanda, numa mesa redonda consagrada à “Cooperação Estratégica Angola-Turquia”, promovida pelo Ministério da Administração Pública, Trabalho e Segurança Social (MAPTSS) e pela Escola Nacional de Administração e Políticas Públicas (ENAPP).
Lello Francisco declarou que a lista foi adoptada com base em critérios estabelecidos, por ordem da importância, pela capacidade tecnológica, capitais e investimentos, tendo em atenção a vocação desses países para os investimentos no continente africano. O programa de captação de investimento na Turquia tem em conta o forte potencial daquele país na indústria têxtil, apontou o administrador, revelando “acções concretas” da agência para, no sentido contrário, dinamizar a exportação de mármore e outras rochas ornamentais para aquele país.
Lello Francisco considerou que, apesar de alguns avanços, a relação comercial entre Angola e Turquia “ainda é desequilibrada”, com um défice desfavorável a Luanda, que compra mais do que vende a Ankara. A estratégia da Aipex é a de inverter esse quadro que reflecte o cenário pouco diversificado da economia nacional ilustrado numa slide durante o encontro, lembrando que mais de 95 por cento das exportações são provenientes do sector petrolífero, com uma participação do sector mineiro inferior a 5,00 por cento.
“Para repintar o gráfico, precisamos de diversificar a economia e, para isso, procurar investimentos para inverter a tendência do gráfico”, afirmou o responsável, apontando entre os 27 países o Reino Unido, África do Sul, Estados Unidos, Portugal, Alemanha, Austrália, Espanha, Rússia, Itália França e China.
Contam-se, ainda, a Holanda, Brasil, Japão, Índia, Coreia do Sul, Argentina, Singapura, Uruguai e Polónia, para apenas citar alguns.

Diplomacia económica

O director de Cooperação Internacional do Ministério das Relações Exteriores, que participou na mesa redonda, considerou que o sucesso da cooperação internacional estabelecida por Angola depende da capacidade de materializar a estratégia do Executivo de captação de investimento estrangeiro.
José Paulino da Silva definiu a nova visão estratégica da cooperação internacional do Estado angolano, pelo exercício da diplomacia económica, do que são um exemplo os laços entre Angola e a Turquia.
No seu aspecto mais dinâmico, a nova visão da cooperação internacional do Estado assenta na adopção de as parcerias estratégicas conformadas o ciclo político de abertura ao exterior, reforço do papel do sector privado e do investimento estrangeiro na economia nacional.

Parcerias credíveis

Durante o encontro, o economista Jorge Pinto, da Associação Industrial de Angola (AIA), defendeu um plano de transformação que tenha em conta o fim das importações, e, por outro lado, o aperfeiçoamento da selecção das parcerias, para que sejam transparentes e credíveis.
O economista defendeu ainda a reestruturação da economia nacional com vista a criar um quadro macroeconómico mais favorável para que as empresas operem num ambiente mais amigo do investimento, alertando as autoridades para incluírem, em cada processo de investimento, uma cláusula de formação de quadros angolanos: “se não tiver, não é um bom investimento”, declarou.

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